01h30 CET
15/12/2025
Depois da bonita história europeia escrita frente ao Nápoles (2-0), o Benfica deslocou-se a Moreira de Cónegos. No onze escalado por José Mourinho, Pavlidis foi a única alteração no onze inicial em relação à partida frente aos italianos.
Deste modo, o melhor marcador encarnado em 2025/26 (16 golos apontados até ao jogo frente ao Moreirense) alinhou ao lado de Trubin, Dedic, Otamendi, Tomás Araújo, Dahl, Barrenechea, Richard Ríos, Aursnes, Sudakov e Barreiro.
Os primeiros minutos do encontro revelaram um Benfica com mais bola e um Moreirense mais fechado. Foi nesta toada que surgiu um lance polémico.
Com um passe longo, que apanhou a defensiva adversária de surpresa, Tomás Araújo lançou Pavlidis no interior da área cónega. O internacional helénico recebeu, controlou, encarou Gilberto Batista, e, no duelo com o defesa do Moreirense, caiu na área, derrubado. O árbitro não assinalou penálti (3'), e nem o VAR sinalizou a infração.
Uma das raras situações em que os cónegos conseguiram finalizar surgiu aos 8' e foi de bola parada. Num canto no lado direito, Diogo Travassos colocou a bola no interior da área, Gilberto Batista cabeceou e Trubin, a dois tempos, segurou.
Fosse por arrancadas pelos flancos – principalmente no direito, onde Dedic foi sempre uma seta apontada à área contrária – ou por passes longos – aqui, na maioria das vezes, Otamendi e Tomás Araújo assumiram as despesas –, com o passar do tempo, o Benfica acercou-se da baliza à guarda de André Ferreira.
Curiosamente, foi com um lance rendilhado que os encarnados criaram a sua primeira grande chance de golo.
Já para lá da linha de meio-campo, Richard Ríos deu para Barrenechea, este entregou para Sudakov, que lateralizou para Dahl. O internacional sueco foi para dentro, viu Barreiro no interior da área e colocou-lhe a bola (ainda sofreu um desvio adversário). O médio recebeu, tocou de cabeça, deu para Dedic, e este, de imediato, assistiu Sudakov, que viu o seu cabeceamento bater em Dinis Pinto, com o esférico, depois, a ser afastado (21').
Numa fase em que já estavam instalados no meio-campo adversário, os encarnados faziam da pressão alta a primeira arma para ferir os cónegos.
Assim, aos 36', Aursnes ganhou uma bola vinda de André Ferreira, serviu Pavlidis, e o grego, após trabalhar bem, rematou cheio de intenção, mas o esférico foi desviado para fora. Ficava o aviso para aquilo que veio logo a seguir...
Na insistência do pontapé de canto, a bola viajou para o lado direito do ataque, onde estava... Aursnes, que, após combinar com Tomás Araújo, centrou direitinho para um excelente movimento de cabeça de... Pavlidis. O internacional helénico fez a bola entrar numa zona em que nem uma grande estirada de André Ferreira impediu o golo (0-1, aos 36').
Sempre por cima, o Benfica chegou ao intervalo a ganhar por 0-1, e tinha nas bancadas uma verdadeira Onda Vermelha que ia fazendo uma bem audível e magnífica festa!
Para o 2.º tempo, José Mourinho deixou Barreiro no balneário. O médio internacional pelo Luxemburgo havia ficado bastante queixoso após uma entrada muito dura de Stjepanovic, aos 28', que (apenas) valeu um cartão amarelo ao jogador do Moreirense. Rodrigo Rêgo foi o escolhido para ir para dentro do terreno de jogo.
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Se a 1.ª parte já havia sido pintada de vermelho e branco, a etapa complementar teve ainda mais as cores do Glorioso.
A morder os calcanhares dos jogadores do Moreirense, as águias não deram nem tempo, nem espaço aos cónegos para orquestrar o ataque. Nessas linhas condutoras, o 0-2 chegou ao Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, assinado pela sociedade que abriu o ativo...
Aursnes recolheu um mau passe de jogador adversário, soltou imediatamente a bola para Pavlidis, com o grego a receber, a trabalhar bem, a fazer a mira às redes e a rematar – a bola ainda sofreu um ligeiro desvio em Maracás – para o fundo da baliza (0-2, aos 57'). Era o bis, mas o camisola 14 não iria ficar por aqui...
A vantagem de dois golos acentuou o domínio encarnado.
Diz-se que dois é bom, três é de mais, mas... a exibição que o Benfica fazia em Moreira de Cónegos merecia mais golos. Pavlidis foi da mesma opinião.
Aos 70', o avançado grego fez o 0-3, assinando, claro está, o hat-trick – o quarto de águia ao peito, depois de Barcelona e FC Porto, em 2024/25, e Arouca, já em 2025/26 – e o seu 19.º golo na época – o 13.º na Liga Betclic (em 14 jogos), prova em que é o melhor marcador! Em 2025, são já... 42 tentos!
Novamente com uma linha muito subida – as águias tinham 4 jogadores nas proximidades da área do Moreirense –, Pavlidis aproveitou uma bola vinda de Gilberto Batista, rodou sobre si e disparou muito forte para o fundo das redes (0-3, aos 70')!
O Moreirense, a muito custo, tentava minimizar estragos, mas o Benfica não só não permitia grandes veleidades aos homens orientados por Vasco Botelho da Costa como, 6 minutos depois, chegava o 0-4.
Depois de assistir Pavlidis por duas vezes, Aursnes fez, também ele, golo. E de que forma...
À imagem do que aconteceu no 0-2 e no 0-3, também o quarto tento encarnado nasceu de uma recuperação de bola numa zona muito alta do terreno de jogo, onde as águias tinham, outra vez, 4 jogadores.
Com uma boa aceleração para pressionar a saída de bola do Moreirense, Aursnes intercetou o passe que André Ferreira procurou fazer para um companheiro. Com a posse da bola, o médio norueguês viu o adiantamento do guarda-redes cónego e com um chapéu perfeito fez com que a bola beijasse a barra antes de ultrapassar a linha de golo (0-4, aos 76'). Um tento soberbo do camisola n.º 8, que, assim, chegou aos 2 golos nesta temporada na Liga Betclic.
Com 0-4 no marcador, aos 77', José Mourinho voltou a mexer na equipa, colocando em jogo Ivanovic e Schjelderup, nos lugares de Pavlidis (Man of the Match) e de Sudakov, respetivamente.
Há 3 minutos em campo, Schjelderup e Ivanovic desenharam o lance de perigo que se seguiu no encontro: o primeiro abriu na esquerda, onde o segundo recebeu e rematou muito forte, mas ao lado (80').
No minuto seguinte foi Rodrigo Rêgo a ficar perto de marcar. Jogada construída de trás para a frente; Richard Ríos entregou a bola ao jovem avançado, que após fletir da direita para o meio e tirar um oponente da frente, rematou muito forte, mas desviado do poste esquerdo (81').
O desafio encaminhava-se para o final e José Mourinho continuava a refrescar a equipa. Aos 82', lançou Manu na vez de Barrenechea; aos 86', permitiu a José Neto – após se estrear pela equipa A no jogo frente ao Nápoles – somar os primeiros minutos na Liga Betclic.
Um minuto antes da entrada do campeão do mundo Sub-17, Manu abriu na esquerda, onde Schjelderup recolheu, encaminhou-se para a baliza, tentou o passe para Aursnes, mas este não conseguiu direcionar.
O último lance de registo do desafio teve também Schjelderup como autor. O avançado embalou pelo lado esquerdo, entrou na área, rematou, mas viu a bola ser intercetada (90'+2').
Pouco depois o árbitro deu o derradeiro apito, certificando a vitória do Benfica, por 0-4, num jogo em que mais do que aproveitar os erros do adversário, as águias proporcionaram-nos, o que valoriza muito o triunfo encarnado em Moreira de Cónegos.
Nesta quarta-feira, 17 de dezembro, o Benfica visita o São Luís, para defrontar o Farense, em encontro dos oitavos de final da Taça de Portugal. O pontapé de saída está agendado para as 20h45.